sexta-feira, 23 de setembro de 2011

O Deus que chama


 

Extraído do livro: A Bíblia, minha companheira Philip Yancey

A história de Abraão revela muito sobre o quanto as pessoas são inconstantes. Um dia satisfeitos com o que temos, no dia seguinte, queremos algo para já. Um dia cheios de esperanças, no dia seguinte, afogados em desespero. Abraão fez por merecer a reputação de homem de grande fé, apesar das nítidas hesitações ocasionais. Embora cresse em Deus, de vez em quando suas dúvidas e temores se impunham furtivos e lhe obscureciam a fé.

Observando os impressionantes atos de fé de Abraão e outros tantos ainda estão por vir nos próximos capítulos, temos que, no fundo, é Deus quem se prova fiel. Ao nos salvar, ele também nos chama para cumprir um plano desenhado sob medida para cada um de nós. Como aconteceu com Abraão, Deus se mantém firme no propósito de desenvolver seu chamado em nossas vidas, tanto nos períodos em que confiamos nele quanto naqueles em que deixamos de fazê-lo.

Às vezes, de novo com Abraão, podemos ter a impressão de que Deus se esqueceu de nós. Sua provisão parecerá tardar e duvidaremos até que ela um dia chegue. Entretanto, conforme veremos na vida de Abraão, os planos de Deus não são vagos. Pouco importa o aspecto geral da situação, ele não se cansou de nós, muito menos não nos deixou para trás para cuidar de projetos mais importantes. Às vezes, ele trabalha lenta e silenciosamente, outras vezes, com rapidez e de maneira inconfundível. Mas nunca nos abandona.

A história de Abraão na verdade é a história de Deus. Aprendemos que as pessoas titubeiam e falham, mas Deus não. Ele nos lembra sempre, quantas vezes forem necessárias, com voz clara, eloqüente e criativa, que nos ama, que tem um propósito para nossa vida e que não desistirá de nós. Hoje, quando meditamos na história de Deus e Abraão, temos o privilégio de exercer uma fé ainda mais profunda do que o próprio Abraão, pois já vimos Deus provar que levará até o fim que começou. Vimos que Ele é capaz de fazer o impossível. Isso valia para Abraão e sem sombra de dúvida vale para nós também.

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