segunda-feira, 30 de abril de 2012

SOLTANDO AS AMARRAS

Como somos melhores no sufocar do que no amar, ficamos aturdidos com a possibilidade de termos que afrouxar o nosso agarramento. Porque o soltar significa introduzir o terror do risco, o pânico de perder o controle. A despedida não pode acontecer sem um ferimento interior. O covarde coração tem medo de entregar seu estimado bem. Mesmo sabendo que eventualmente teria que dizer adeus a ele.
Deixar partir. Deixar para lá. Afrouxar as amarras.
Como abandonar um sonho; dar a criança algum espaço para crescer; ou deixar que o parceiro(a) tenha a liberdade de ser ou fazer. Quanta maturidade isso requer!
Frequentemente escondemos nosso medo de entregar nossos tesouros por temermos pela sua segurança. Mas espere. Tudo é seguro quando estamos comprometidos com o nosso Deus. Na verdade, nada está realmente seguro quando não está comprometido. Nenhuma criança, nenhum emprego. Nenhum romance. Nenhum amigo. Nenhum futuro. Nenhum sonho.
Precisa de uma prova? Confira a história de Abraão e seu filho adolescente Isaque. O velho homem amava profundamente seu filho. Esse relacionamento poderia muito bem beirar o arriscado… se o pai não estivesse disposto a deixar seu filho partir. Mas, nesse momento, o pedagogo Jeová ensinou ao patriarca uma lição básica da vida.
Estava na hora de deixa-lo partir. Abraão poderia ter começado a pleitear, barganhar ou manipular, mas isso nada causaria além de fazer o Todo-Poderoso escolher um caminho alternativo. Não – Abraão tinha que abrir suas mãos e entregar naquele altar a única coisa que eclipsava o Filho em seu coração. Isso doeu cruelmente… além do que podemos imaginar. Mas foi eficiente.
O que Deus quer que eu faça? Que eu deixe as coisas nas Suas mãos, que eu entregue tudo aos Seus cuidados. Que eu confie no Seu amor. Com o meu orgulho quebrantado o suficiente para que minhas mãos se tornem vazias e o meu coração aquecido.

 Charles Swindoll, em “CRESCENDO NAS ESTAÇÕES DA VIDA”

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