“Aquele que não poupou a seu próprio Filho, mas o entregou por todos nós, como não nos dará, juntamente com ele, gratuitamente todas as coisas?” (Rm 8.32 NVI).
Suponhamos que um homem descubra uma criança sendo atacada por um assassino. Ele arremete por entre a turba, salva o menino, e carrega-o para o hospital. O garoto é assistido. O homem paga pelo seu tratamento. Ele fica sabendo que a menino é órfão, e o adota, dando-lhe seu próprio nome. E então, uma noite, meses mais tarde, o pai ouve o filho soluçar no travesseiro. Ele vai até o menino, e pergun¬ta-lhe o motivo das lágrimas.
— Estou preocupado, papai. Estou preocupado quanto ao amanhã. Onde terei alimento para comer? Como comprarei roupas para ficar aquecido? E onde irei dormir?
O pai fica legitimamente perturbado.
— Não lhe tenho mostrado? Você não entende? Arrisquei minha vida para salvá-lo. Dei meu dinheiro para que você fosse tratado. Você usa meu nome. Eu o tenho chamado de meu filho. Acha que eu faria tudo isso, e então não supriria suas necessidades?
Esta é a pergunta de Paulo. Ele, que nos deu seu Filho, não supriria todas as nossas necessidades?
Ainda assim nos preocupamos. Preocupamo-nos com a receita federal, com o IPTU e com o INSS. Preocupamo-nos com a educação, a recreação e a constipação. Preocupamo-nos em saber se teremos dinheiro suficiente, e quando temos dinheiro, preocupamo-nos em saber administrá-lo. Preocupamo-nos com a possibilidade de o mundo acabar antes que expire o tempo de nossa vaga no estacionamento. Preocupamo-nos com a possibilidade de um dia descobrir que o iogurte desnatado é engordativo.
Francamente. Deus o salvou a fim de que você se lamuriasse? Ensinou você a andar só para vê-lo cair? Ele teria sido pregado na cruz por seus pecados, e então desconsiderado suas orações? Ora, vamos! Estaria a Escritura caçoando de nós quando diz “aos seus anjos dará ordens a teu respeito, para te guardarem em todos os teus caminhos”? (Sl 91.11)
Também acho que não.
Max Lucado, em “NAS GARRAS DA GRAÇA”
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