Como somos melhores no sufocar do que no amar, ficamos aturdidos com a
possibilidade de termos que afrouxar o nosso agarramento. Porque o
soltar significa introduzir o terror do risco, o pânico de perder o
controle. A despedida não pode acontecer sem um ferimento interior. O
covarde coração tem medo de entregar seu estimado bem. Mesmo sabendo que
eventualmente teria que dizer adeus a ele.
Deixar partir. Deixar para lá. Afrouxar as amarras.
Como abandonar um sonho; dar a criança algum espaço para crescer; ou
deixar que o parceiro(a) tenha a liberdade de ser ou fazer. Quanta
maturidade isso requer!
Frequentemente escondemos nosso medo de entregar nossos tesouros por temermos pela sua segurança. Mas espere. Tudo é seguro quando estamos comprometidos com o nosso Deus. Na verdade, nada está realmente seguro quando não está comprometido. Nenhuma criança, nenhum emprego. Nenhum romance. Nenhum amigo. Nenhum futuro. Nenhum sonho.
Precisa de uma prova? Confira a história de Abraão e seu filho
adolescente Isaque. O velho homem amava profundamente seu filho. Esse
relacionamento poderia muito bem beirar o arriscado… se o pai não
estivesse disposto a deixar seu filho partir. Mas, nesse momento, o
pedagogo Jeová ensinou ao patriarca uma lição básica da vida.
Estava na hora de deixa-lo partir. Abraão poderia ter começado a
pleitear, barganhar ou manipular, mas isso nada causaria além de fazer o
Todo-Poderoso escolher um caminho alternativo. Não – Abraão tinha que
abrir suas mãos e entregar naquele altar a única coisa que eclipsava o
Filho em seu coração. Isso doeu cruelmente… além do que podemos
imaginar. Mas foi eficiente.
O que Deus quer que eu faça? Que eu deixe as coisas nas Suas mãos, que eu entregue tudo aos Seus cuidados. Que eu confie no Seu amor. Com o meu orgulho quebrantado o suficiente para que minhas mãos se tornem vazias e o meu coração aquecido.
Charles Swindoll, em “CRESCENDO NAS ESTAÇÕES DA VIDA”
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