Gosto de ver os resultados de meu esforço. Trabalho num artigo, e
meses mais tarde ele aparece impresso. Escalo uma montanha e atinjo o
topo.
A oração segue normas diferentes, as normas de DEUS. Nós a praticamos
em segredo, de modo que ninguém observa nosso esforço, e os resultados.
Os resultados chegam de formas surpreendentes, às vezes, muito tempo
depois do esperado. Orar significa abrir-me para JESUS, e não LHE impor
limites por meio de meus preconceitos. Em suma, orar significa deixar
DEUS ser DEUS.
Muitas orações bíblicas originam-se do ato de esperar. Abraão e Sara
esperando por um único filho. Jacó esperando sete anos por uma esposa, e
depois mais sete por ter sido enganado pelo pai dela. Os israelitas
esperando séculos pela libertação. Davi esperando em cavernas por sua
merecida coroação. Profetas esperando pelo cumprimento de suas estranhas
previsões. Maria e José, Isabel e Zacarias, Ana, Simeão esperando por
um Messias.
DEUS que é atemporal, exige de nós uma fé madura que pode envolver,
como nos casos citados, atrasos que parecem provações. A paciência é um
sinal dessa maturidade, virtude que só pode desenvolver-se com o passar
do tempo.
As crianças querem as coisas já. Quem AMA, pelo
contrário, aprende a esperar: ‘Então Jacó trabalhou sete anos por
Raquel, mas lhe pareceram poucos dias, pelo tanto que a amava”. Os pais
esperam anos na esperança que o filho pródigo volte para casa. Esperamos
pelo que é digno de espera , e nesse processo adquirimos a paciência.
Oro pela paciência para suportar os tempos de provação, para continuar a
boa espera, continuar com esperança, continuar acreditando. Oro pedindo
a paciência de ser paciente.
Philip Yancey, em “ORAÇÃO, ELA FAZ ALGUMA DIFERENÇA?”
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