É mais forte quando está mais fraco e mais fraco quando se sente forte. Ele tem mais quando dá e tem menos quando possui mais.
Ele está no alto quando mais humilde se sente e tem menos pecado quando mais se torna consciente do pecado. É mais sábio quando reconhece que nada sabe e tem pouco conhecimento quando adquire grande cultura. Algumas vezes faz muito quando nada faz e avança rápido ao manter-se parado. Consegue alegrar-se nas dificuldades e mantém animado o coração mesmo na tristeza.
Ele teme a Deus, mas não tem medo Dele. Sente-se dominado e perdido na presença do Todo-Poderoso, todavia, não há lugar em que tenha tanto desejo de estar. Ele sabe que foi purificado de suas faltas, mas sente-se penosamente cônscio de que nada de bom habita em sua carne.
Ele ama acima de tudo alguém a quem jamais viu, e embora seja ele mesmo pobre e miserável, conversa familiarmente com Aquele que é Rei de todos os reis e Senhor dos senhores. Sente que de si mesmo é menos que nada e, entretanto, crê firmemente ser a menina dos olhos de Deus e que, por sua causa, o Filho Eterno se fez carne e morreu na cruz vergonhosa.
Ele é otimista e calmo, pois é convicto que se a cruz condena o mundo, a ressurreição de Cristo garante o triunfo final do bem em todo o universo. Através de Cristo tudo acabará bem. O cristão autêntico aprendeu a esperar sua vitória por entre as ruínas com plena certeza que não será envergonhado por Aquele que o ama, nem será decepcionado por Aquele que pode todas as coisas.
A. W. Tozer, em “ESSE CRISTÃO INCRÍVEL”
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