Por que Deus quis que a oração, e freqüentemente a oração
persistente, fosse um requisito para recebermos Seus benefícios? Será
que é para que o tornemos mais desejoso de abençoar-nos? Não. Deus
almeja dar-nos boas coisas. Mas, Ele deseja algo mais ainda, Ele quer um
relacionamento comunicativo e íntimo conosco, pelo qual O amamemos e O
procuremos, relacionamento caracterizado por uma dependência visceral e
um espírito grato. Ele anseia, ainda, por enriquecer-nos com algo
infinitamente melhor, mais valioso, do que simplesmente as dádivas que
Lhe pedimos – uma experiência pessoal rica, concernente a Ele mesmo.
Muitos de nós passaríamos de largo por estas bênçãos mais profundas
de dependência e comunhão, se o Senhor automaticamente providenciasse a
satisfação de todas as nossas necessidades, sem que a pedíssemos ou se
pedíssemos apenas uma vez. Deus anteviu isto, e planejou de acordo. Fez
da oração não um artigo de luxo, opcional, mas a maneira determinada, e
prescrita, para que recebêssemos Suas bênçãos. Nossas necessidades e
desejos estimulam-nos a nos aproximar Dele, ao invés de negligenciá-Lo. E
à medida que vamos orando, e esperando, e continuando a orar, recebemos
as respostas eventualmente esperadas e mais, a profunda experiência da
presença e da bondade de Deus.
A oração persistente não muda a vontade de Deus; contudo, este tipo
de oração é a forma Dele realizar Sua vontade e, especialmente, esta
oração nos muda. As respostas demoradas, que exigem
persistência, ajudam-nos a crescer. Aumentam nossa fé em Deus.
Desenvolvem nossa perseverança e nosso caráter, e ajudam-nos a vencer a
impaciência. A pessoa pode pecar – não pelo que faz, mas por recusar-se a
esperar. Desejar uma coisa boa, é virtude. Desejá-la já, pode ser pecado. A impaciência indica falta de confiança na perfeição da vontade e dos métodos de Deus.
Warren Myers, em “O SEGREDO DA ORAÇÃO”
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